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segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Humano...


HUMANO
(André L. Soares)

Queria te falar sobre estrelas,
porém, desconheço as alturas.
Pensei em te ofertar minha pureza,
mas quem sou eu...
se cresci livre pelas ruas.

Pudera eu te contar boas histórias,
descrever uma vida sem agruras.
Sonhei em te cobrir de jóias,
mas, sou plebeu...
nunca tive ou quis alguma.

Bom se eu coubesse em teus sonhos
na exatidão da ordenada com abscissa.
Tentei ser só alma e coração,
juro, não deu...
sou de aço, pedra e fúrias.

Quisera eu não fosse assim, só erros
e a verdade brotasse em meus lábios.
Talvez, eu possa te salvar do tédio,
mas, se nem isso...
faz um esforço e me perdoa.

É que sou tão muito humano
– bem-dotado... de defeitos –
minha perfeição é sempre
ser complexo imperfeito.
E apesar desse jeito insensato,
só uma coisa não aceito...
– ah isso não! –
é que duvides que te amo.

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