Hora eTempo em Porto Alegre / RS

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Maquinista ou passageiro?


"Dentro de alguns dias,um Ano Novo vai chegar a esta estação.

Se não puder ser o maquinista,seja o seu mais divertido passageiro.

Procure um lugar próximo à janela, desfrute cada uma das paisagens que o tempo lhe oferecer, com o prazer de quem realiza a primeira viagem.

Não se assuste com os abismos, nem com as curvas que não lhe deixam ver os caminhos que estão por vir.

Procure curtir a viagem da vida, observando cada arbusto, cada riacho, beirais de estrada e tons mutantes de paisagem.

Desdobre o mapa e planeje roteiros.

Preste atenção em cada ponto de parada e fique atento ao apito da partida.

E quando decidir descer na estação onde a esperança lhe acenou, não hesite.Desembarque nela os seus sonhos…

Desejo que a sua viagem pelos dias desse novo ano seja de PRIMEIRA CLASSE !!!!!"
(Arlete Gudolle Lopes - http://palavrasdearlete.blogspot.com)

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Corrigindo sempre...


Quem ama a verdade, procura formar a consciência: conhecer os princípios morais, pedir conselho a pessoas rectas e com experiência; não considerar humilhante que nos corrijam. De facto, os outros observam-nos de fora e com mais objectividade do que nós mesmos. Também é preciso tirar experiência dos próprios actos, examinar-nos com frequência (diariamente) e corrigir os erros. É preciso ser humildes para reconhecer os erros e rectificar, mas isso dar-nos-á uma grande sabedoria, e capacidade de ajudar os outros também.
(Juan Luis Lorda)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A Origem


O pássaro de fogo, no céu passa ligeiro, rasgando os véus que tudo encobrem, deixando nua a realidade das coisas, como elas realmente são.Pássaro peregrino, partes em busca da perfeição.Com tuas leves asas, em círculos voas, antes de tomares outra direção.Teu caminho pela certeza traçado um desenho faz no espaço solitário. Desejos em forma de asas!Pássaro de fogo; voas sem destino.E daí? O destino pouco importa somente a paisagem queres ver com cuidado.A curta viagem que no céu empreendes, leva-te a alçar vôos maiores; cada vez mais altos, em busca de outros céus.E lá de cima, observas a pira acesa que arde e te chama e tu, pássaro de fogo, pela união final anseias. E como uma flecha, dos céus atirada por algum Deus consciente, mergulhas direto na pira ardente.Quando penso que tudo está consumado, então, das próprias cinzas renasces e um outro vôo, recomeças, rasgando o céu em hora incerta, como uma flecha para os céus atirada, por algum Deus consciente.


*****

Segundo as lendas orientais, há um pássaro na Índia, a fênix, que, tal qual o cisne e o pelicano, é um símbolo de morte e renovação.O temor da morte tem raízes profundas dentro de nossa alma, embora dela não possamos escapar. A lenda da fênix nos ensina a conviver com esse temor, um suave consolo para um fato que para muitos é inaceitável.A história deste pássaro mítico é de origem grega, assim nos faz crer Garcin de Tassy, um escritor francês, tradutor do livro O Parlamento dos Pássaros, do mestre sufi Farid-ud-Din Attar.Segundo ele, a fênix é um pássaro solitário, cujo bico, extraordinariamente longo e duro, é perfurado por muitos orifícios, que lembram uma flauta. Cada orifício produz um som diferente que revelam segredos profundos e sutis. Quando ela se faz ouvir, soltando seu canto, carregado de tristeza, tudo e todos os seres da natureza se afligem, subjugando, inclusive, as bestas mais selvagens. Depois, apenas o silêncio. Deste canto o sábio aprendeu a música.O tempo de vida da fênix é longo, vive cerca de mil anos. Conhece também a hora de sua morte e, quando chega este momento, constrói para si uma pira, recolhendo lenho e folhas de palmeira. Então, após sentar-se no meio dela, canta tristes melodias. Ela treme como folha ao vento, pois a dor da morte penetra-lhe amargamente.Todos os seres da terra, da água, do céu e do ar, aproximam-se, atraídos por seus lamentos. Através de seu exemplo, cada um, dentro de seu coração, se resigna a morrer, e muitos, de fato, morrem, pois a tristeza de vê-la assim é tanta que é impossível de se conter.Quando só lhe resta somente um sopro de vida, o pássaro fabuloso bate suas asas, produzindo um fogo que rapidamente cresce e se espalha pelo lenho e pelas folhas de palmeira. A pira está acesa e o fogo arde agradavelmente. Logo o pássaro se torna brasa viva, e, instantes depois, apenas cinzas. Mas, para surpresa e alegria de todos, das cinzas, um novo pássaro renasce, mais perfeito e majestoso para viver por mais mil longos anos.

Joga a ...


Atiraram um ovo.

- Joga a mãe! - esbravejou o ator.
Acertaram-lhe com uma galinha.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Raizes


Há sentimentos que se enraízam em nós de uma tal maneira,que não mudam...Não há distância, nem ausência,que os consiga mover...Não há pessoas, nem ações,capazes de acabar com eles...Não é o tempo que eles duram,que os torna enraizados...É a força que eles tem,que nada é capaz de mover,e ninguém é capaz de mudar...
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Suely Ribella

quinta-feira, 30 de outubro de 2008


A partir de hoje pende-me ao pescoço
De um fio de cabelo o relógio das horas:
A partir de hoje cessa o curso dos astros,
E o sol,e o cantar do galo e as sombras;
E o que o tempo jamais me anunciou
É agora surdo e mudo e cego : --
Toda a Natureza agora se me cala
Ao tique-taque da lei e do relógio.


(Nietzshe)

terça-feira, 16 de setembro de 2008


Quem é você?


Somos passageiros da passagem.


A passagem é a nossa curtíssima experiência no planeta Terra. No jogo da vida não tem intervalo e o relógio não pára. O mérito de um grandioso trabalho, envolto em fama, não é maior do que o de um anônimo e aparentemente pequeno trabalho.


Não sabemos quanto de um aparentemente despretensioso e insignificante trabalho interfere

ou resulta numa gigantesca contribuição para a humanidade. Portanto, a grande virada é a tomada de consciência da nossa obrigação com o crescimento do nosso coração, da nossa intelectualidade e do nosso espírito.


É a sensatez de fazer de toda e qualquer oportunidade que a realidade nos ofereça um ótimo e belo motivo para aprender mais.


A fé criadora e a certeza de que somos co-criadores dos nossos destinos e do destino de toda a raça humana são a fonte-matriz da superação de todas as superações: a grande virada.

As maiores de todas as viradas são as que os não necessitados fazem para elevar-se pelo amor, pelo prazer, pela alegria e pela felicidade. A superação na dor é necessária, uma vez que a própria dor nos empurra para ela.


Já a superação no amor exige evolução da consciência.

A passagem é rápida, plena de desafios, curvas, armadilhas, tentações, mas também encantadora, alegre, gostosa e rica. A grande virada é um plano de educação. E não estamos

sós, pois somos o resultado dos relacionamentos humanos que cultivamos na vida. Tanto mais cresceremos quanto mais proveito tirarmos dos confl itos e dos beijos da realidade.


É preciso ter coragem para não querer afastar da nossa vida o pequeno cálice das nossas obrigações, direitos, deveres, dores, prazeres, incompreensões, erros e

acertos.


Estamos de passagem. A nossa única certeza superior, a fonte de todo progresso, é o amor libertador. Aos passageiros da passagem – eu, você e aqueles que amamos –, desejo que o acaso nos proteja quando andarmos distraídos.


(texto do mais novo livro de José Luis Tejon, “A Grande Virada – 50 regras de ouro para dar a volta por cima” – Ed. Gente)